domingo, 27 de novembro de 2011

ILHA DO MEDO



Scorsese é um diretor famoso por fazer filmes policiais ou sobre a máfia. Mas dessa vez ele resolveu fazer um suspense psicológico ambientado no período Pós-Segunda Guerra Mundial. E o resultado é esplendido.
O filme conta a história do detetive Teddy Daniels que investiga o desaparecimento de uma assassina, que fugiu de um hospital psiquiátrico e está supostamente foragida na remota Ilha Shutter. Mas o filme é tão misterioso que nem essa sinopse talvez seja verdadeira (digo isso pra vocês sentirem a força e o suspense do filme)
A trilha sonora e fotografia utilizadas por Scorsese ajudam a dar força ao misterio que ronda o filme. Mas o roteiro é o principal elemento na projeção. Durante o filme presenciamos as lembranças de Teddy, além das loucuras e perturbações do ambiente psiquiátrico em que a história se passa.
Mas à medida que o filme vai passando, nós espectadores vamos ficando com muitas dúvidas que não serão respondidas totalmente ao final do filme (pela dúvida com que ficamos e não por uma possível não explicação).
E esse mistério que permeia o filme é que faz o mesmo ser uma obra especial, no gênero e na carreira de Scorsese.
Ele contêm varias referencias a filme antigos e parece uma obra de Hitchcock, mas o seu visual é bem atual e cheio de imagens impressionantes ( como nas cenas onde ele encontra a sua mulher)
Por todo esse clima de mistério criado de maneira eficiente e por ter um roteiro e final tão inconclusivos, esse filme merece ser visto e apreciado aos que gostam de um suspense de verdade.

ESCRITOR FANTASMA



Antes de assistir a este filme, eu desconhecia a profissão de escritor fantasma ou ghostwriter (em inglês). Escritores fantasmas são pessoas que escrevem livros ou ajudam a concluir um, mas que não ganham os créditos pela autoria ou colaboração na obra.
Neste filme de Roman Polanski (O Pianista) , vemos o ghostwriter (adorei a idéia dele não ter um nome), interpretado por Ewan McGregor, que acaba por aceitar a proposta de completar a biografia do ex-primeiro-ministro britânico Adam Lang (Pierce Brosnan) mesmo depois da morte do seu antecessor que parece ter ocorrido de uma forma muito suspeita.
ghostwriter do filme não gosta e não entende muito de política, querendo dar um tom mais humano a biografia do ministro, mas o momento em que o político vive, o farão mudar os seus planos.O ex-primeiro-ministro está sendo investigado por ter colaborado no envio de suspeitos de terrorismo para tortura ao governo americano. Os tribunais querem a sua condenação e além disso o seu casamento não está passando por um bom momento.
É nesse ambiente que o ghostwriter vai tentar concluir o livro, mas as dúvidas sobre as acusações ao ex-primeiro-ministro e sobre a misteriosa morte do seu predecessor o fazem entrar em situações que o colocam em risco.
O suspense cresce a cada momento na trama, amparado pela sua qualidade técnica . A narrativa é incrível, ficamos sempre querendo saber o que vai acontecer na história. A fotografia e os ângulos são muito bem utilizados e a cena da entrega do bilhete é de uma tensão incrível. Quanto as interpretações,  são todas muito eficientes, em especial a de Ewan como protagonista.
Os últimos filmes de suspense que vi realmente não foram muito bons, ora pelos seus fracos roteiros ora pelas suas conclusões frustrantes. Mas esse filme tem uma história incrível e muito bem realizada, com um final surpreendente. Vale a pena assistir.

domingo, 20 de novembro de 2011

HOMEM DE FERRO



Robert Downey Jr. é considerados por muitos, o melhor ator desta geração, opinião não compartilhada por mim. Com este filme acompanhamos a sua volta aos sets de filmagens, após longos anos afastado pelo uso de drogas e bebidas. Realmente o ator tem certo carisma, mas mesmo assim não consegue salvar este filme.
A história gira em torno de Tony Stark, um inventor que desde pequeno já é um gênio da ciência, mas que colabora com o aperfeiçoamento da indústria de armas, que é uma herança do seu pai. Mas ao ser pego em uma armadilha no Afeganistão, Tony percebe que naquele ambiente os guerrilheiros usam as suas armas para combater o seu país de origem e para provocar atrocidades, contrariando o seu discurso de que aquilo que é usado para o bem da sua pátria.
Sendo forçado a criar um míssil de grande capacidade de destruição, ele resolve ludibriar os seus algozes criando uma armadura que conseguisse fazê-lo escapar da caverna onde se encontra. Ai surge o Homem de Ferro.
O filme é dirigido por Jon Favreau um jovem diretor que em minha opinião fez um bom trabalho em Zathura – Uma aventura espacial, um filme infantil semelhante à Jumanji e que participa deste filme como o motorista de Tony.
Mas aqui ele peca por trabalhar com um roteiro fraco, fazer cenas de ação que parecem de filmes de comédia e exagerar no tom cômico dado a história.
Como eu disse anteriormente, Robert Downey Jr tem carisma, mas a sua interpretação é caricata demais em minha opinião. Tony Stark é inspirado em Howard Hughes, o empresário retratado por Leonardo Di Caprio em O Aviador. Mas o diretor de Homem de Ferro foca em excesso no aspecto de playboy de Tony para mostrar a personalidade do herói.
As cenas de ação que acontecem em grande parte do filme têm sempre uma dose de exagero e tentam mostrar a força da armadura e a inteligência de Tony com uma ênfase demasiada.
 Pra não dizer que o filme só teve falhas, há um grande acerto na escolha de Jeff Bridges no papel de Obadiah Stane. Jeff se iguala a um vinho, que com os anos fica cada vez melhor. Suas ultimas interpretações tem sido perfeitas e ele rouba as cenas quando aparece na tela, dando um tom mais sério ao filme.
Talvez isso que falte ao filme, tentar ser mais sério sem perder a sua graça, porque se o personagem ganha força quando cria uma armadura mais dura, o filme também poderia tentar ser melhor sendo um pouquinho mais forte na sua intensidade.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

PREMONIÇÃO 5



O quinto filme da franquia ( acho que a série deveria ter encerrado no terceiro filme) não traz muitas novidades a história. Um grupo de estudantes parte em uma viagem quando um deles tem a visão de que aquilo terminará em tragédia, com a queda de uma ponte e a morte de quase todos que estão ali. Vemos que essa pessoa consegue salvar alguns deles, mas a morte não descansa e vai persegui-los.
A única diferença deste para os outros filmes anteriores é que se você matar uma pessoa que consegui fugir assim como você, você ganha os anos de vida dela. Algo que poderia ser melhor utilizado, dando ao filme uma cara de suspense, mas que o diretor e roteiristas nem pensaram em explorar, mantendo o filme no mesmo ritmo dos anteriores.
Desta vez o filme saiu em 3-D e o recurso é utilizado da pior maneira possível no filme. Ele só aparece para colocar objetos que perfuram alguém bem perto dos nossos olhos em efeitos gráficos e cenas risíveis ( parte do público ri em algumas delas). Além disso não observamos o uso do 3-D para colocar o espectador dentro do filme. Acredito que na cena da ponte, logo no ínicio do filme, quando uma mulher cai de cima da mesma, seria um ótimo momento para ser utilizado, fazendo com que a gente sentisse como seria a queda.
As interpretações não são nem boas nem ruins. Mas com péssimas falas e um roteiro  frco ninguém consegue se sobressair e nem pode ser apedrejado
Ainda bem que este é o ultimo filme da série (quem tiver coragem de ver o filme saberá disso) pois acho que ninguém agüentava mais ver esta formula batida mais uma vez. E digo mais, se o diretor tivesse tido uma premonição de que o resultado seria assim tão desastroso, poderia ter nos salvado não tendo realizado um filme assim. E nos esperaríamos que a morte (filmes semelhantes a este) não nos perseguisse depois.

A ORIGEM



Neste filme conhecemos Don Cobb (Leonardo Di Caprio) que trabalha como um invasor de mentes. Para isso ele entra na mente das pessoas quando elas estão dormindo e segundo o filme, ficam mais vulneráveis. Mas ele deve fazer essa tarefa com total sigilo e Cobb é um especialista. Apesar disso ele falha ao entrar na mente de Saito (Ken Watanabe) um poderoso empresário que o convida para fazer algo grandioso. Ao invés de roubar os dados da mente de uma pessoa, ele terá de implantar uma idéia, que nesse caso é convencer o herdeiro Fischer (Cillian Murphy) a dividir o patrimônio da empresa do pai.
Uma tarefa muito mais complicada que exigirá muito de Cobb que está tendo problemas com a criação de dados em mentes por causa da lembrança da sua ex-mulher (Marion Cottilard).
Para ajudá-lo ele contará com a novata Ariadne (Ellen Page) que executa o mesmo serviço que Cobb, mas ainda não o domina totalmente. Além da equipe formada por Arthur (Joseph Gordon-Levitt), Eames (Tom Hardy) e Yusuf (Dileep Rao) para executar o plano.
Christopher Nolan é especialista em filmes de ação, como já provou em Amnésia e Batman – Cavaleiro das Trevas, mas nesse filme ele consegue se utilizar dos recursos tecnológicos de maneira muito mais eficiente. As ações acontecem em ambientes muito bem fotografados e os efeitos especiais não são usados de maneira fútil, pelo contrário dão força a história criando momentos únicos, como a luta no corredor do hotel e a cidade que faz um movimento curvilíneo, tendo uma parte em cima e outra em baixo (incrível)
As interpretações são muito boas, Di Caprio, mais uma vez prova que é um grande ator. Ellen Page faz um papel muito importante, detalhando aquilo que acontece, ajudando o público a entender melhor o que acontece. Ken Watanabe mostra que é um dos melhores atores orientais no grande mercado americano. E o elenco de apoio é excelente.
O filme ganhou 4 Oscars empatando com O discurso do rei e desagradando alguns críticos. Mas o filme ganhou os prêmios técnicos e é ai que reside a força do filme. A história é muito boa (não tão confusa como dizem) mas os seus efeitos visuais e sonoros é que o tornam muito bom de ser visto, não como filme artístico, mas como uma ótima opção de filme de ação. Vale a pena conferir.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

TOY STORY 3



Em 1995, a Pixar , empresa comprada por Steve Jobs , recém-falecido lançou no mercado cinematográfico Toy Story, o primeiro filme de animação em 3D. O resultado não podia ser melhor, a história dos bonecos que tinham vida e que tinham problemas reais conquistou o público. A continuação obteve o mesmo sucesso.
Agora esse terceiro filme com certeza foi um dos melhores filmes do ano de 2010, não só entre as animações, mas entre os outros do gênero na minha opinião.
Desta vez o filme mostra o garoto Andy que agora já esta grande e tem de ir para a faculdade, consequentemente tendo de se despedir dos seus brinquedos.
Conhecemos muito bem os seus brinquedos e sabemos como é ruim qualquer despedida.
E essa questão da despedida, que ocorrem em diversas partes da nossa vida é que torna o filme em algo grandioso.
O filme vai conseguir encantar as crianças por diversos fatores, mas principalmente os jovens e adultos, que se identificam com varias situações dessas. Na nossa vida nos despedimos dos amigos, dos nossos brinquedos, de várias coisas enfim. São situações dolorosas e que vão fazer alguns chorarem ao verem o filme.
Mas o filme também é recheado de ação, humor e da qualidade que só a Pixar poderia fazer.
Pode ser até meio bobo o que vou dizer,mas este filme nos mostra que apesar de toda a tecnologia e investimento nas animações e na computação gráfica, ele funciona mesmo pela sua história que mexe com o lado pessoal de cada um.
Houveram especulações sobre um quarto filme, mas acho que não será necessário, pois  este último é perfeito, mas se for feito eu aposto que será ótimo também, como diria Buzz Lightyear “ Ao infinito e além”




domingo, 6 de novembro de 2011

X-MEN PRIMEIRA CLASSE



Depois de elogiar Lanterna Verde como um filme que se diferencia dos outros filmes do gênero dos quadrinhos, não sei o que dizer de X-Men Primeira Classe. Realmente esse filme me surpreendeu.
Essa série de filmes do gênero começou a dar certo graças ao sucesso e qualidade do primeiro X-Men.
O filme era muito bom e a trilogia também acabou sendo. Mas com esse novo X-Men parece que os produtores querem dar um novo gás à franquia contando a sua origem, e conseguiram isso com êxito.
A história gira em torno de dois mutantes, Charles Xavier, um professor que faz pesquisas sobre mutações genéticas e Erick Lensherr, um sujeito que desde criança cresce com o sentimento de vingança pela figura de Sebastian Shaw, um homem que só quer se utilizar dos poderes dos mutantes para conseguir destruir a raça humana.
O filme mostra de maneira eficiente a junção dos dois personagens tentando impedir a Terra de uma ameaça global. Ainda apresenta outros personagens de maneira mais detalhada, como Mística ( muito bem interpretada por Jennifer Lawrence) , Fera e Emma Frost.
Os principais destaques desse filme com certeza são o roteiro e a edição. O ritmo do filme é rápido e a história não te deixam piscar os olhos, mostrando um trabalho bem elaborado.
Destaque também para o elenco, James McAvoy, Michael Fassbender (do fantástico Bastardos Inglórios, em breve no blog) e Kevin Bacon estão bem em cena.
Outro ponto a se comentar é a participação mesmo que pequena de Hugh Jackman no filme. No momento do recrutamento , eles encontram Wolverine e o chamam, mas ele diz para eles se ferrarem. Gostei da brincadeira.
Com essa forma dinâmica e rápida, esse filme consegue agradar tanto os fãs mais radicais quanto ao menos exigentes.

E uma continuação vem por ai. Se seguir essa receita do primeiro filme e conseguir mostrar a história de maneira tão surpreendente como esse, já será um sucesso.

RIO





As animações são um dos filões mais rentáveis do momento. São produzidos inúmeros filmes que antes só atraiam aos mais jovens, mas que agora não tem faixa etária de público. E no meio de uma safra tão grande, Rio ganhou um merecido destaque.
O filme produzido e dirigido por Carlos Saldanha de a Era Do Gelo, consegue ser muito agradável em seu roteiro simples e de fácil compreeensão.
Acompanhamos a trajetória de Blu, uma ararinha azul que desde pequeno não sabe voar, mas ganha a companhia de Linda, uma simpática jovem que cria com ele uma amizade muito forte.
Essa relação praticamente perfeita começa a mudar quando um pesquisador chega em Minnesotta, onde eles vivem, e os informa que Blu não é a única ararinha azul que existe devendo ser levado até o Brasil pra encontrar a fêmea da sua espécie.
Carlos Saldanha é carioca e se utiliza muito bem do espaço geográfico pra conduzir essa historia. Mostra os principais pontos da cidade, os seus problemas sociais (que acabam ajudando na história) e também apresenta o problema do tráfico de animais que existe em grande parte do mundo, e também no Brasil que tem uma das maiores faunas do planeta.
Um ponto de destaque do filme são as suas cores que pintam a tela de varias maneiras, trazendo um alto astral ao filme. Além das músicas características do nosso pais que dão um toque especial ao filme.
Rio passa de maneira rápida pela nossa frente, fruto da objetividade do roteiro e dos personagens tão bem mostrados em tela.
Infelizmente eu não vi o filme em 3D, mas acredito que o recurso deva causar ainda mais admiração dos espectadores, porque é possível ver que o diretor montou algumas cenas exatamente para esse uso como nos vôos das aves.
Com certeza o filme foi a melhor animação do ano, mostrando o talento e a criatividade tupiniquim aliados a alta tecnologia dos americanos. 

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

DOGVILLE




Muitos dizem que Lars Von Trier é um genial diretor. Não tinha tido oportunidade de ter assistido a algum filme seu e Dogville acabou sendo o primeiro. Preciso analisar toda a sua obra, mas por esse filme já posso dizer que sim, ele é um grande diretor.
O filme conta a historia de Grace (Nicole Kidman), uma fugitiva da máfia que encontra abrigo numa pacata cidadezinha chamada Dogville. Os habitantes no começo se mostram receptivos e bondosos com a nova moradora, mas aos poucos são reveladas as verdadeiras intenções da vila com a frágil forasteira, em um crescimento insuportável de exploração e humilhação.
Não há como se negar que o que chama mais a atenção em Dogville seja o seu cenário, que por assim dizer , praticamente não existe . Não existem paredes, ou um relevo, o que existe são linhas que demarcam o ambiente das casas, ou construções artesanais que fazem lembrar alguns ambientes. Um ambiente muito teatral que choca e vai te envolvendo até o fim , se parecendo com a leitura de um livro, onde o que está escrito é compreendido mais não é visto, precisando do alicerce da sua imaginação.
Os atores foram muito bem escolhidos, os protagonistas Nicole Kidman e Paul  Bettany se saem muito bem , fora as grandes interpretações de Ben Gazzara, Siobhan Fallon, Stellan Skargard, Zlejko Ivanek e a participação ( importantíssima) da voz de John Hurt.
O filme faz parte da trilogia de Lars Von Trier sobre os EUA – Terra de oportunidades, na verdade uma critica a alguns traços americanos, nesse caso a arrogância e indiferença. Mas se olharmos bem, esses aspectos não podem se estender apenas aos americanos , mas a um lado do ser humano que pode aflorar em situações semelhantes. Talvez isso não seja tão fácil de ser digerido, pois é uma verdade que não felicita a ninguém, mas pode ser um dos pontos de vista do filme.
Por essa critica mordaz e pela capacidade de se ver algo novo no cinema , Dogville merece ser visto por mais e mais pessoas. Recomendadíssimo.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

LANTERNA VERDE




As adaptações de quadrinhos tem se tornado cada vez mais freqüentes e fazem muito sucesso, principalmente por que os quadrinhos já o fizeram e as pessoas ficam ávidas esperando se aquilo que foi tão agradável nos gibis possa ser tão bom também nas telonas.
Os últimos resultados mostram boas receitas, mas não filmes com tanta qualidade assim. Isso acontece em parte pela limitação dos roteiristas e diretores com o público final da obra. Esses quadrinhos atingem tanto pessoas mais velhas (alguns quadrinhos tem mais de 50 anos de publicação) como crianças e adolescentes (que o estão descobrindo agora). Mas a industria atrás de bons resultados, tem de cortar algumas partes ou situações para que o filme possa ser exibido para todas as pessoas, desagradando boa parte do público que conhece a historia bem e que sabe que no mundo dos quadrinhos as historias são bem mais duras do que aquilo que está na tela.
Mas este Lanterna Verde tem um resultado até satisfatório. Dirigido por Martin Campbell (do excelente 007 – Casino Royale) ele conta a historia de Hal Jordan, um piloto de aeronaves que recebe de um Guardião do Universo a posse da poderosa lanterna verde. Agora ele deve lutar contra Parallax, um monstro das galáxias, que pretende dominar o universo com a força da sua luz amarela.
Campbell parece ter acertado em mostrar os conflitos do personagem, misturando humor( sem exagerar no tom) e simplicidade, algo incomum nos filmes do gênero.A trama se desenrola de maneira agradável , sem se perder.
As interpretações também são muito boas, especialmente a de Mark Strong no papel de Sinestro. Mas também é muito bom a química na tela entre Ryan Reynolds e Blake Lively, dois atores que realmente estão merecendo destaque na indústria.
Talvez os únicos detalhes negativos sejam para os vilões e para alguns detalhes da história que poderiam ser melhor explicados. Peter Sarsgaard poderia ter sido melhor aproveitado e o ser Parallax poderia ter sido melhor utilizado. Mas talvez eu entenda que o filme serve mais para uma apresentação do Lanterna Verde, visto que a Warner pensa em fazer vários filmes com todos os personagens da Liga da Justiça até o grande momento onde juntará todos eles em um só.
Mesmo sendo um pouco diferente dos seus similares o filme não conseguiu o público esperado e foi criticado por alguns críticos, mas acredito que apesar de não ser um grande filme de quadrinhos como por exemplo Batman - Cavaleiro das Trevas, ele consegue ser agradável fugindo dos clichês do gênero e fazendo a apresentando deste herói.