domingo, 26 de fevereiro de 2012

O ARTISTA


Em meio as grandes inovações tecnológicas, em especial o 3-D, surge este filme francês, mudo e sem cores que homenageia a sétima arte e mostra as possibilidades de linguagem do cinema.
O filme começa em 1929, onde somos apresentados a George Valentin (Jean Dujardin) , um típico ator desse período, ou seja , com boa expressão corporal e carismático. Ele é um astro do cinema mudo, casado, mas que mesmo assim acaba se encantando por Peppy Miller (Bérénice Bejo) uma jovem que cruza com ele em um dos seus encontros com as fãs. Logo após ela acaba conseguindo um papel como atriz e ficando assim mais perto do seu ídolo e affair.
Mas toda essa situação muda com a chegada do som ao cinema, uma mudança radical que faz com que as produtoras passem a investir em filmes assim em detrimento ao filmes mudos. Mas George não parece muito disposta a aceitar tal modificação.
A partir daí acompanhamos a relutância de George em aceitar o novo recurso e a ascensão de Peppy que se torna uma musa do cinema falado.
O filme é uma homenagem aos primórdios do cinema e também serve pra mostrar como o cinema é um espaço amplo de comunicação. Ele nos faz pensar que não importa se o filme é mudo, falado, com cores, sem cores, se o seu ritmo é lento ou frenético. O importante é que ele possa transmitir a sua idéia e se expressar, e sempre é bom que esse recado seja mais direto, sem representações grandiosas. E o Artista faz isso muito bem, se utilizando do seu ótimo elenco, da boa direção de Michel Haznavicious e da sua trilha sonora ( muito mais importante para um filme assim)
Jean Dujardin está perfeito no papel, representando fielmente como eram os atores dessa época e ajudando com a sua alegria no papel, ajudando a dar um clima muito legal ao filme. Berenice bejo faz muito bem a transição da sua personagem. E as participações de John Goodman e James Cromwell são excelentes.
E Michel Haznavicious faz um trabalho redondinho, e também tem grandes momentos como na cena em que George é engolido pela areia no momento em que está em profunda melancolia.
Por se tratar de um filme mudo e com poucas falas, muitas pessoas não vão querer assistir a ele, mas elas não sabem o que estão perdendo, pois Haznavicious faz um trabalho que acaba sendo até popular e que é muito bonito de se ver. 


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