O sistema de eleição dos EUA é bem diferente do que o
brasileiro. Lá, o candidato pode obter mais votos e ainda assim não ganhar.
Isso ocorre porque cada Estado ou Colégio Eleitoral possui um número de
delegados escolhido pela população. Estes delegados é que acabam decidindo quem
vai ganhar a eleição. Os Estados que possuem maiores populações tem um peso
maior ( mais delegados) do que os que tem menos habitantes.
E a história deste que é o quarto filme do diretor George
Clooney tem como ambiente a disputa entre dois candidatos a presidência, o
governador Morris ( o próprio Clooney) e o senador Pullman ( Michael Mantell)
dentro do Estado de Ohio, um grande colégio eleitoral, sendo este decisivo para
o rumo das eleições.
Mas o foco deste longa-metragem são as estratégias dos assessores
de imprensa de cada político. Do lado de Morris, temos o líder da campanha Paul
Zara ( Phillip Seymour-Hoffman) e seu talentoso assistente Stephen Myers ( Ryan
Gosling), já pelo lado de Pullman temos o experiente Tom Duffy ( Paul
Giamatti).
Stephen é especialista em mídia e conduz a campanha do
governador Morris da melhor maneira possivel, provocando inveja na equipe do
senador Pullman. Até que Duffy resolve desestabilizá-lo, afetando não somente a
conduta deste, como toda a corrida presidencial.
George Clooney cria assim um roteiro muito interessante que
se assemelha com um quebra-cabeça, onde as peças vão se encaixando e produzindo
um resultado muito bom de se ver.
E a sua direção também merece destaque, pois o filme é muito
bem filmado e por algumas vezes brinca com o publico, provocando dubiedade em
alguns desfechos.
O elenco foi muito bem escolhido. Ryan Gosling que já tinha atuado
brilhantemente em Drive, comprova neste filme que teve um bom ano. Seymour-Hoffman
e Paul Giamatti mostram mais uma vez o seu talento. E as presenças de Marisa
Tomei, Evan Rachel Wood e Jeffrey Wright dão um toque especial a este thriller.
O filme também aproveita para dar uma cutucada no Partido
Democrata, o mesmo de Obama, que acaba sendo o mais mostrado durante a
projeção. É uma experiência muito boa, não só pela sua parte técnica , mas também
porque ele demonstra a questão dos valores morais e éticos dentro da política de
uma maneira bem interessante.
Recomendo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário