segunda-feira, 9 de abril de 2012

TUDO PELO PODER



O sistema de eleição dos EUA é bem diferente do que o brasileiro. Lá, o candidato pode obter mais votos e ainda assim não ganhar. Isso ocorre porque cada Estado ou Colégio Eleitoral possui um número de delegados escolhido pela população. Estes delegados é que acabam decidindo quem vai ganhar a eleição. Os Estados que possuem maiores populações tem um peso maior ( mais delegados) do que os que tem menos habitantes.
E a história deste que é o quarto filme do diretor George Clooney tem como ambiente a disputa entre dois candidatos a presidência, o governador Morris ( o próprio Clooney) e o senador Pullman ( Michael Mantell) dentro do Estado de Ohio, um grande colégio eleitoral, sendo este decisivo para o rumo das eleições.
Mas o foco deste longa-metragem são as estratégias dos assessores de imprensa de cada político. Do lado de Morris, temos o líder da campanha Paul Zara ( Phillip Seymour-Hoffman) e seu talentoso assistente Stephen Myers ( Ryan Gosling), já pelo lado de Pullman temos o experiente Tom Duffy ( Paul Giamatti).
Stephen é especialista em mídia e conduz a campanha do governador Morris da melhor maneira possivel, provocando inveja na equipe do senador Pullman. Até que Duffy resolve desestabilizá-lo, afetando não somente a conduta deste, como toda a corrida presidencial.
George Clooney cria assim um roteiro muito interessante que se assemelha com um quebra-cabeça, onde as peças vão se encaixando e produzindo um resultado muito bom de se ver.
E a sua direção também merece destaque, pois o filme é muito bem filmado e por algumas vezes brinca com o publico, provocando dubiedade em alguns desfechos.
O elenco foi muito bem escolhido. Ryan Gosling que já tinha atuado brilhantemente em Drive, comprova neste filme que teve um bom ano. Seymour-Hoffman e Paul Giamatti mostram mais uma vez o seu talento. E as presenças de Marisa Tomei, Evan Rachel Wood e Jeffrey Wright dão um toque especial a este thriller.
O filme também aproveita para dar uma cutucada no Partido Democrata, o mesmo de Obama, que acaba sendo o mais mostrado durante a projeção. É uma experiência muito boa, não só pela sua parte técnica , mas também porque ele demonstra a questão dos valores morais e éticos dentro da política de uma maneira bem interessante.
Recomendo. 

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