O Mississipi é um estado que
simboliza as agruras do período de segregação racial nos Estados Unidos. Lá houveram
conflitos, algumas leis que separaram negros e brancos e até casos de morte. Esse
é o ambiente onde se passa a história do filme. Nas casas do Estado, ocorre a
seguinte situação: as crianças brancas são cuidadas pelas empregadas negras e
acabam adorando esse convívio. Porem o preconceito fala mais alto quando elas
crescem e na maioria dos casos elas dão o mesmo tratamento que as suas mães deram
aos negros.
Skeeter porém é diferente, ela se
formou em jornalismo e sonha em ser escritora. É uma menina que tem bons princípios
e que não tem nada de igual com as pessoas preconceituosas da sua cidade.
Ela é contratada para trabalhar
em um jornal, dando dicas sobre limpeza domestica, algo que não domina. E
resolve consultar as empregadas das amigas para ajudá-la nessa tarefa. Até que
percebe o grande conflito que existe entre as patroas e elas e resolve escrever
um livro contando sobre essas experiências, algo que era proibido na época.
O roteiro do longa é baseado no best-seller
homônimo de Kathryn Stockett. A direção pertence a Pete Taylor, o mesmo de O Inverno
da Alma. E acaba sendo eficiente porque não deixa a história ser mais clichê do que ela é. Mas a
força do filme reside nas suas interpretações. Emma Stone encara bem o papel de
protagonista, mas as coadjuvantes é que roubam as cenas, literalmente. Octavia
Spencer, ganhadora do Oscar pela sua interpretação está brilhante, porém Viola
Davis, em minha opinião esta ainda melhor. Faz tempo que não via uma atriz com
tamanho poder da arte de interpretar. A voz, os trejeitos, tudo esta perfeito
na sua atuação.
Já a questão racial, que é o tema
do filme acaba sendo até bem abordada, com ricos detalhes como o da separação
de banheiros e sobre o que aconteceu com os negros nessa época. Além disso há
um toque feminino no filme bem interessante.
Vale a pena ser visto para que fatos
como esses não sejam esquecidos , assim como sempre existem histórias sobre o
holocausto. E também porque ela é mostrada de uma forma singela, menos dolorosa
do que em outros filmes graças ao seu roteiro.

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