segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MELANCOLIA



O filme de Lars Von Trier é dividido em duas partes. Na primeira parte chamada Justine, conhecemos a personagem-título, uma jovem que acabou de se casar e vai para a festa do casamento em uma casa luxuosa.Logo no começo fica aparente que a alegria de Justine não era tão verdadeira e que ela está em estado de depressão.
Além dessa situação, há o iminente perigo do planeta Melancolia que está em rota de colisão com a Terra.
Essa tristeza de Justine gera uma série de situações chocantes que se passam durante a primeira hora do filme. Tenho de confessar que essa parte do filme é extensa demais e vai chatear um pouco a maioria dos espectadores (até dos mais compreensivos) mas a segunda parte é mais bem elaborada e explicativa.
Na segunda parte do filme acompanhamos mais de perto sua irmã Claire que em contraponto a sua irmã, está totalmente tensa com a possibilidade de que algo aconteça com a Terra.
A oposição do estado de Justine e Claire em face a chegada do planeta Melancolia é uma bela idéia de Lars Von Trier para mostrar a condição do ser humano diante de uma situação catastrófica como essa.
O filme tem um bela fotografia assim como Anticristo tinha e a sua qualidade técnica é muito eficiente. Na primeira hora do filme Lars usa a câmera na mão indo em sentido contrário ao clima estático dessa parte do filme. Já na segunda ele utiliza muitos efeitos especiais. Isso mostra um certo afastamento do diretor do estilo Dogma 95 e sua aceitação em utilizar novos recursos. E isso é bom porque ele os utiliza de maneira a acrescentar algo à história e não como uma maneira de impressionar os espectadores.
Sua opinião sobre Hitler no festival de Cannes acabou tirando um pouco do prestígio do filme que ficou sem nenhuma indicação ao Oscar ( merecido para Kirsten Dunst e para a fotografia do filme), mas pela sua filmografia, percebemos que Lars não tem nada de nazista, ele apenas tem uma visão “melancólica” sobre o ser humano. E que merece ser visto por ser muito provocativo, não só para o ser humano como para o cinema. 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

INDICADOS AO OSCAR 2012




Confira a lista com os indicados ao Oscar 2012:
Melhor filme 
Cavalo de guerra 
O artista 
O homem que mudou o jogo 
Os descendentes 
A árvore da vida 
Meia-noite em Paris 
História cruzadas 
A invenção de Hugo Cabret 
Extremamente alto, incrivelmente perto 

Diretor 
Michel Hazanavicius - O Artista 
Martin Scorsese -  A invenção de Hugo Cabret  
Alexander Payne - Os Descendentes 
Terrence Malick - A Árvore da vida 
Woody Allen - Meia noite em Paris 

Ator 
Jean Dujardin - O Artista 
George Clooney - Os Descendentes 
Gary Oldman - O Espião que Sabia Demais 
Brad Pitt - O Homem que Mudou o Jogo 
Demian Bichir - A Better Life 

Atriz 
Meryl Streep - A Dama de Ferro 
Glenn Close - Albert Nobbs 
Viola Davis - Histórias Cruzadas 
Rooney Mara - Millennium - Os Homens Que Não Amavam as Mulheres 
Michelle Williams - Sete Dias com Marilyn 

Ator coadjuvante 
Kenneth Branagh - Sete Dias com Marilyn 
Max Von Sydow - Tão Forte e Tão Perto 
Jonah Hill - O Homem que Mudou o Jogo 
Christopher Plummer - Toda Forma de Amor 
Nick Nolte - Warrior 

Atriz coadjuvante 
Octavia Spencer - Histórias cruzadas 
Berenice Bejo - O artista 
Jessica Chastain - Histórias cruzadas 
Janet McTeer - Albert Nobbs 
Melissa McCarthy - Missão madrinha de casamento 

Animação 
A Cat in Paris 
Chico & Rita 
Kung Fu Panda 2 
Gato de Botas 
Rango 

Roteiro Adaptado 
A Invenção de Hugo Cabret 
Os Descendentes 
Tudo Pelo Poder 
O Homem que Mudou o Jogo 
O Espião que Sabia Demais 

Roteiro original 
O artista 
Missão madrinha de casamento 
Margin Call 
Meia-noite em paris 
A separação 

Filme Estrangeiro 
A Separação (Irã) 
Bullhead (Bélgica) 
Monsieur Lazhar (Canadá) 
Footnote (Israel) 
In Darkness (Polônia) 

Documentário 
"Hell and Back Again" 
"If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front" 
"Paradise Lost 3: Purgatory" 
"Pina" 
"Undefeated" 

Documentário de curta-metragem 
"The Barber of Birmingham: Foot Soldier of the Civil Rights Movement" 
"God Is the Bigger Elvis" 
"Incident in New Baghdad" 
"Saving Face" 
"The Tsunami and the Cherry Blossom" 

Edição 
O artista 
Os descendentes 
Os homens que não amavam as mulheres 
A invenção de Hugo Cabret
O homem que mudou o jogo 

Trilha sonora original 
As aventuras de Tintim - John Williams 
O artista - Ludovic Bource 
A invenção de Hugo Cabret - Howard Shore 
O espião que sabia demais - Alberto Iglesias 
Cavalo de guerra - John Williams 

Música original 
"Man or Muppet", de "Os Muppets", por Bret McKenzie 
"Real in Rio", de "Rio", por Sergio Mendes e Carlinhos Brown, letra de Siedah Garrett 

Melhor curta de animação 
"Dimanche/Sunday" 
"The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore" 
"La Luna" 
"A Morning Stroll" 
"Wild Life" 

Melhor curta-metragem 
"Pentecost" 
"Raju" 
"The Shore" 
"Time Freak" 
"Tuba Atlantic" 

Direção de arte 
Harry Potter 
Hugo 
Cavalo de Guerra 
O Artista 

Fotografia 
O Artista 
Os Homens que Não Amavam as Mulheres 
A invenção de Hugo Cabret 
A Árvore da Vida 
Cavalo de Guerra 

Figurino 
Anônimo 
O Artista 
W.E.
A invenção de Hugo Cabret
Jane Eyre 

Maquiagem 
Albert Nobbs 
Harry Potter 7 
A Dama de Ferro
Melhores efeitos visuais 
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2 
A Invenção de Hugo Cabret 
Gigantes de Aço 
Planeta dos Macacos - A Origem 
Transformers: O Lado Oculto da Lua 

Melhor montagem 
Os Descendentes 
O Artista 
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres 
O Homem Que Mudou o Jogo 
A Invenção de Hugo Cabret 

Melhor edição de som 
Drive 
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres 
Cavalo de Guerra 
A Invenção de Hugo Cabret 
Transformers: O Lado Oculto da Lua 

Melhor mixagem de som 
Millennium - Os Homens que Não Amavam as Mulheres 
Cavalo de Guerra 
A Invenção de Hugo Cabret 
Transformers: O Lado Oculto da Lua 
O Homem Que Mudou o Jogo


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O DISCURSO DO REI



Em 1925, a Inglaterra figurava como uma das potências do mundo, apesar de tudo que aconteceu a ela e aos aliados na Segunda Guerra.
O país vivia sobre o reinado de Jorge V que tinha dois filhos: Eduardo VIII e o Príncipe Albert (pai da rainha Elizabeth).
Eduardo era mais extrovertido e gostava de festas, já Albert era mais contido e tinha um problema que o incomodava bastante: a sua gagueira.
No filme dirigido por Tom Hooper (o mesmo de Maldito Futebol Clube) acompanhamos a trajetória de Albert pra acabar com esse incomodo que se tornava ainda maior porque nesse momento o rádio passava a ser um instrumento muito utilizado pelos líderes pra se comunicarem com o público.
E para que vocês percebam como essa história é incrível, após a morte do seu pai, o seu irmão assume o trono, mas por querer se casar com uma mulher divorciada, ele acaba renunciando, deixando o reinado para Albert.
Assim ele passa a ser o rei da Inglaterra, em plena Segunda Guerra Mundial, e deve mostrar pulso firme e coragem para falar com o seu povo e informá-los sobre a situação do país na guerra.
Mas para isso ele utilizará da ajuda do terapeuta Lionel Logue, que utiliza de métodos digamos diferentes pra tratar o seu problema.
E Hooper nos mostra toda essa história de maneira muito interessante, não só revelando esse problema, mas também mostrando os principais pontos históricos do período.
As atuações de Colin Firth, que ganhou o Oscar por essa interpretação, e Geoffrey Rush (que é a pessoa por trás deste projeto) são muito boas transitando bem entre a comédia e o drama.
É uma historia real muito pouca conhecida pelas pessoas, mas que deve ser assistida não só para que as pessoas saibam mais sobre o período, mas também para ver a transformação e  o empenho pessoal do Rei Jorge IV. 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GLOBO DE OURO



Eis a lista com os vencedores do Globo de Ouro, a premiação que abre a temporada rumo ao Oscar:
CINEMA
Melhor filme dramático
Os Descendentes
Melhor ator em filme dramático
George Clooney – Os Descendentes
Melhor filme de humor ou musical
The Artist
Melhor atriz em filme dramático
Meryl Streep – A Dama de Ferro
Melhor ator em filme de humor ou musical
Jean Dujardin – The Artist
Melhor diretor
Martin Scorsese – A Invenção de Hugo Cabret
Melhor atriz coadjuvante
Octavia Spencer – Histórias Cruzadas
Melhor filme em lingua estrangeira
A Separação (Irã)
Melhor roteiro
Woody Allen – Meia-Noite em Paris
Melhor longa animado
As Aventuras de Tintim – O Segredo do Licorne
Melhor atriz em filme de humor ou musical
Michelle Williams – My Week With Marilyn
Melhor canção original
“Masterpiece” – W.E.
Melhor trilha sonora original
Ludovic Bource – The Artist
Melhor ator coadjuvante
Christopher Plummer – Toda Forma de Amor

domingo, 8 de janeiro de 2012

CONDUTA DE RISCO


Nesse filme acompanhamos Michael Clayton, um funcionário de uma grande empresa de advocacia especializado em limpar as sujeiras dos clientes. Ele se autodenomina “faxineiro”.
Mas quando um dos seus colegas de trabalho parece ficar louco por causa de uma questão judicial, manchando o nome da empresa em que eles trabalham e justamente no momento em que ela está perto de fechar um grande acordo, Michael é chamado para abafar o caso.
Mas nem tudo é tão simples, pois Arthur, o seu colega de profissão, em meio aos seus devaneios também mostra que a empresa em que os dois trabalham está acobertando uma grande indústria que está provocando câncer com o uso do seu herbicida.
E agora Michael encara uma situação complicada por acreditar no seu colega de profissão, mas ser obrigado a fazê-lo ficar calado. E isso acontece pois Michael, apesar de não estar satisfeito com a sua profissão está afundado em dívidas e só a sua empresa pode ajudá-lo.
O roteiro e a direção de Tony Gilroy transformam este filme num suspense interessantíssimo.
O elenco é bem seguro, com boas atuações de George Clooney , Sidney Pollack e Tilda Swinton ( que levou a estatueta de melhor atriz coadjuvante) . Mas o centro do filme é Tom Wilkinson, que faz o personagem Arthur em mais uma interpretação fantástica deste ator britânico.
É um filme bem diferente do que se está acostumado a ver nas salas de cinema ou em DVD’s . Vale a pena conferir. 

MALDITO FUTEBOL CLUBE



Fiquei muito surpreso ao assistir esse filme. Por se tratar de uma produção com a temática futebolística, não esperava algo tão bom. Futebol é um tema difícil de se retratar no cinema. Às vezes alguns diretores pecam por não saber tratar de forma mais realista o ambiente desse esporte. E mesmo que não seja tão relevante,  as expressões corporais dos atores nas cenas em que estão jogando sempre parecem artificiais. Mas existem bons exemplares desse filão, como Linha de Passe, o divertido Boleiros e este filme do diretor Tom Hooper (do premiado O Discurso do Rei)
Nele acompanhamos a trajetória do treinador Brian Clough que juntamente com seu assistente Gordon McQueen conseguiram feitos incríveis na história do futebol inglês e também europeu dirigindo o Derby County e o Notthingham Forest nas décadas de 70 e 80.
Acompanhamos também a sua desejada porém desastrosa passagem pelo Leeds que naquela época era um dos grandes times da Premier League ( a liga inglesa de futebol)
Clough era uma figura excêntrica, não tendo muitas papas na língua. Também era teimoso e desafiador. E o filme mostra exatamente o peso disso nas suas conquistas e nos seus reveses e como a figura de Gordon servia para frear o ímpeto do treinador.
O elenco atua muito bem no filme. Michael Sheen que já havia feito um Tony Blair eficaz em A Rainha está muito bem no papel de Clough. E Tymothy Spall faz um Gordon McQueen esplendido.
Juntando o bom elenco com o roteiro bem trabalhado de Peter Morgan e a direção segura de Tom Hooper, Maldito Futebol Clube consegue um resultado eficiente por ser surpreendente e fugir dos clichês dos filmes sobre futebol. Um verdadeiro golaço. De placa!