domingo, 18 de dezembro de 2011

CONTRA O TEMPO



Um homem surge dentro de um trem. Ele parece atordoado por estar dentro de um outro corpo e não saber o que esta fazendo ali. Ele decide ir ao banheiro e observa no espelho a figura que ele realmente é naquele momento. Após sair do banheiro, ele reencontra a mulher que estava a frente dele e o trem explode.
Colter ( Jack Gyllenhall ) acorda e percebe que ele é um soldado que tem como missão achar a bomba  e o responsável pelo atentado numa experiência cientifica diferente. Ele pode retornar aos 8 ultimos minutos antes da explosão para tentar salvar varias pessoas de uma serie de atentados que foram causados por alguém que estava no trem.
Daí em diante, acompanhamos a sua serie de tentativas em busca da verdade. O personagem está dentro de uma cápsula, mas existe algo misterioso nesse lugar, porque nem ele sabe como chegou lá e nem as pessoas que falam com ele o informam sobre algo.
O filme ainda tem um romance que surge quando o personagem decide salvar a mulher que sempre aparece na sua frente quando ele acorda.
O diretor Duncan Jones sabe conduzir essa história de maneira envolvente, fazendo com que o espectador fique ligado em como a história vai terminar. E diferentemente do que acontece no filme Dejavú, esta produção tem um tom mais sério e não chega a ser tão exagerada.
As atuações de Jack Gyllenhaal e da bela Michelle Monaghan estão muito boas, e mesmo não sendo protagonista, Vera Farmiga é quem merece maior destaque no papel da comandante que se comunica com o soldado.
Vale a pena conferir

QUEBRANDO O TABU



O tema drogas é complexo. Ele não se estende apenas ao consumo, mas também a toda a cadeia que leva o produto até o usuário.  Isso sem contar a questão do vício, da criminalidade, da estreita ligação com as armas ou do seu uso medicinal.
E o documentário “Quebrando o tabu” mostra toda esta problemática e principalmente as possíveis soluções para diminuir o problema. Ele utiliza de vários dados históricos e estatísticos para mostrar que os governos deveriam  usar  métodos mais liberais para lidar com o problema.
O documentário tem uma péssima narrativa e é estruturalmente mal realizado, tendo algumas entrevistas que nada dizem. Mas tirando a questão técnica e o clima de campanha publicitária, o filme apresenta boas propostas que poderiam ser mais discutidas sobre o tema, como a questão da descriminalização e a criação de centros médicos para os dependentes, atitudes que obtiveram bons resultados em outros países. Os bons momentos do documentário aparecem quando ele mostra essas propostas, e ao apresentar os relatos de Dráuzio Varela e Paulo Coelho, que falam de maneira mais realista sobre o assunto.
Talvez o documentário não ajude a formar opiniões definitivas contra ou favor sobre as questões apresentadas, principalmente por ser favorável a apenas uma delas, mas pode servir como um meio de discussão sobre o assunto.

domingo, 11 de dezembro de 2011

SEM LIMITES



O filme tem uma premissa muito interessante, mostrando Eddie Morra ( Bradley Cooper), um escritor que está enfrentando uma crise de criatividade e que esta se separando da namorada, típica situação que pode levar a uma depressão. Mas ele encontra o seu ex-cunhado que é traficante e que lhe mostra uma nova droga, o NZT, que pode fazer ele usar 100% da sua capacidade cerebral. Com isso ele pode ouvir melhor , ver melhor e guardar ou lembrar de informações como ninguém.
E ele vai usar essa aptidão para conseguir sucesso e dinheiro. Mas é claro que haverá uma conseqüência para ele. Baseado no livro Dark Fields de Alan Glynn, a história se desenrola de maneira bem interessante e prende a nossa atenção até o fim.
O diretor usa de recursos técnicos que se adequam ao filme, como o efeito do zoom e o das letras que caem enquanto ele está “inspirado” para escrever.
Com boas interpretações e com um final inesperado, Sem limites consegue empolgar quem está atrás de um thriller interessante.

O PALHAÇO




O segundo filme de Selton Mello mostra um grande crescimento dele como profissional da sétima arte.
Nela acompanhamos uma trupe de circo mambembe que vai passando de cidade em cidade com as suas apresentações.  
Mas o centro da história é o palhaço Pangaré, interpretado por Selton Mello, que apesar de conseguir arrancar muitas risadas da platéia, não consegue ter o mesmo entusiasmo fora dos palcos o que culmina num choque de identidade que o faz pensar sobre a sua profissão e sobre a sua vida.
O personagem não tem um RG, apenas uma certidão de nascimento, enfatizando que ele não sabe quem realmente ele é. E acompanhamos a sua busca por uma motivação para voltar a sorrir ou a viver. Isso é demonstrado principalmente com a figura do ventilador que surge como um simples desejo, mas que parte para a significação de novos ares ou da tranquilidade que o personagem quer no seu futuro.
O elenco é sublime com interpretações magistrais de Paulo José, do próprio Selton Mello e de Moacir Franco que com apenas uma cena (a primeira dele no cinema) consegue fazer algo inesquecível.
Destaque também para os outros atores e em especial a Larissa Manoela que faz a pequena Guilhermina, numa ótima interpretação vinda de alguém tão jovem.
O filme realmente é excelente ao tentar mostrar um homem em conflito consigo mesmo, tentando encontrar a sua felicidade ou uma resposta para quem ele é. E mesmo que isso possa parecer tão distante, a resposta as suas indagações podem estar em coisas simples ou mais próximo do que se imagina.
Merece ser assistido.